29 de agosto de 2009

Canções do Agora

Literal,
Seco,
Abrangente e perspicaz...
Sou isso desde a invenção do tempo,
E quase sempre .

Abominável para com as verdades,
Ridículo para os normais,
Herege ,iconoclasta,
Sarcástico e infame,
Tornei-me indelével,

Quem não tem mais dor,
Quem não vê anjinhos,
Quem não acende velas (elas são perigosas)
Tornei-me intocável.

Não gostas? Foda-se!
Queres mais? Apressa-te!
Sou poeta das ruas imundas,
Maldito, visceral...

Não desejo a poesia
Tão límpida e cheia de engodo
Quero a tragédia nua e fedorenta
Das vielas amargosas, sofríveis

O fedor dos incompreendidos,
Este é meu olor, minha marca.

2 Comentários:

Priscylla Mendonça disse...

Mas o agora é tão volátil.. e o que a gente é num minuto, noutro desaparece feito fumaça.
Eis o que nos torna todo, feito de partes destacáveis.
Ou não.
Beijo

Cassiana disse...

No Comments!!!!
Este é vc hoje ou talvez ontém.
Até quando?