27 de julho de 2009

Mulheres... por quê tê-las?

Alguns as tratam com violência e morte. Outros , com afeto sincero. Outros se aproximam em virtude do sexo. Quase todos mentem para elas. A mulher, símbolo do pecado, da luxúria, do erro, nunca foi tão vilipendiada, tão perseguida e acuada. Por quê? Creio que seja a sua retomada de posições no cenário da vida, suas conquistas, ambições naturais. Um ser indispensável. Sua história é marcada por misoginias absurdas. O Deus-hipótese detesta mulheres! Para ele, seu sexo é a maior de todas as perversões, a pior de todas as afrontas á santidade, além de não ser um homem. Certamente jeová nunca deitou-se com uma mulher, nunca sentiu seus aromas, percebeu seus olhares. Tratando-a como lixo e cidadã de segunda classe, o mundo não a reverencia mais... No começo, ela detinha o poder, pela sua capacidade de conceber, de amamentar, da transfiguração de sua própria vida em outro ser, diferente, mas parte sua de maneira íntima. Dos seus complexos órgaos mantenedores de nossa espécie, nasceu a Arte, a Música, o poeta, o juiz e o sacerdote. É detentora do vigor, do músculo forte que abarca tarefas duras, que só mãos delicadas conseguem suportar. Brutalidade não é sinônimo de superação; a determinância de uma sensibilidade, de um furor, é sua marca. Eu ovaciono a mulher, e não espero nada em troca. Tenho-me; sou amado e continuo, eterno, através de minha prole, graças a exemplares desta costela rejeitada, mas que não fazia parte de Adão. Bendita costela!