19 de julho de 2009

Eu recomendo! - Jefté

Iniciarei neste espaço uma série chamada "Eu Recomendo". Trata-se de links, artigos, arte, teatro, música e afins com efeito reflexivo e/ou iconoclasta, servidno de apoio aos artigos publicados no blog. Hoje incio com uma estória bíblica. Muitas aparecerão por aqui, mas pretendo pôr apenas as mais significativas, aquelas que realmente trazem uma reflexão convincente. Indicarei o caminho, quem quiser pode conferir á sua maneira e tirar daí suas conclusões. O link é...

http://www.bibliaonline.com.br/acf/jz/11/1+

Copie, cole e veja com seus próprios olhos.

Os Ídolos-Humanos-Comuns

Vimos recentemente a exposição pública da vida, da carreira e da morte de uma personalidade mundial. Marcada por turbulências e desgraças, a existência de Michael Jackson, sendo analisada friamente, é reflexo de dor e angústia profundas. Hoje buscam-se culpados pela sua morte, mas todos sabemos quem os matou: a mídia e o fã. Este não é o primeiro caso de "linchamento coletivo" que causa o fim de um astro, de um ícone, de alguém que é espelho e molde para muitos. Parece paradoxal, mas estas estrelas são moldadas por aqueles que necessitam de um modelo a ser seguido; o artista e sua produção representam muito pouco de sua fama, de seu status. Aliás, muitas vezes o artista nem produz aquilo que gostaria, levado a compor, escrever, pintar a maioria, os gostos que vendem. Ninguém liga para o que esta "vítima" sente, pensa, analisa sobre o que acontece. Numa manisfestação de dupla personalidade, aquele que está em evidência torna-se obrigado a possuir atitudes públicas e privadas, sem saber o que é realmente aquilo que o representa. A grande maioria dos mitos era constituída de pessoas amarguradas, tristes, o contrário daquilo que sua obra ou persona refletiam, para os outros sufocados pela ganância das grandes companhias, pelo falso sentimento de saciedade, de reconhecimento. Os fãs, criaturas amorfas à procura de valores que entendem o ídolo os dará,constituem a própria razão de ser da dor do artista.Dicotomias? Porçoes de uma mesma coisa maluca? Creio ser este o fato. Na busca por novas expressões, novas canções, novas idéias, somos levados pela mídia a corromper o artista, tratando-o como mercadoria, mal apreciando o que ele quer trazer, levando falsas impressões, além de sermos responsáveis, muitas vezes, pelo choro, solidão, sofrimento e morte destes "ídolos-humanos-comuns".