Iniciarei com um trabalho chamado "O Poeta Maldito". Eis:
O poeta maldito
Ser dos mais agradáveis
Chinelos sujos
Camisa insalubre
Com calças por polir
Estranho e medonho
Sua companhia é querida dos póstumos
Sua distância evidencia sensatez para os tolos
Ele ri de toda a procura insana dos comuns
Pela tão sonhada felicidade
A felicidade, por si só, já é sofrimento
Quantos músculos empenhados?
Tantas veias trabalhadas?
Um maldito apenas ri de tudo isso
Já sabe que a luta é vã
Deixou-se possuir pela tragédia que persegue
Todo desgraçado Homo Sapiens que respira neste mundo
Sentiu-se leve
Leveza que traz o entendimento, a sobriedade
Sabe bem que todo desejo leva ao mal
Quando não é saciado
Maldito seja! Pequenos garotos são seu séquito
As crianças mimadas do Salvador
Vieram para o lado correto
Da peçonha inventada
Escutem a voz da juventude amaldiçoada!
Eles serão os próximos profetas
A anunciarem a próxima salvação inútil
Ah, querido poeta maldito!
Vocifera, alardeando o saque aos incautos
Tudo está perdido...
Não há escape possível...
E de uma marquise qualquer, lá estarão dois olhos
Igualmente feitos malditos
Igualmente desgarrados
Suaves e desinteressados.
1 Comentários:
"Sabe bem que todo desejo leva ao mal
Quando não é saciado"
ui!!!
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